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Jejum, catabolismo... como o corpo reage aos períodos sem alimento

  • Foto do escritor: Rafael Bastos
    Rafael Bastos
  • 2 de abr. de 2021
  • 2 min de leitura

Atualizado: 3 de abr. de 2021

Vamos entender de forma simples como o corpo funciona quando estamos em jejum e fazer as melhores escolhas.

No post anterior vimos como os alimentos fornecem energia para o corpo e como o excedente dessa energia é armazenado no músculo (hipertrofia), fígado e tecido adiposo ("gordurinhas").



Ao ficar de jejum (a partir de aproximadamente 6h) a quantidade de "açúcar no sangue" (glicemia) reduz e desencadeia uma série de respostas no nosso corpo:


a) O pâncreas reduz a produção de Insulina e aumenta a produção de Glucagon;


b) A suprarrenal aumenta a produção de Adrenalina e de Cortisol


c) A hipófise promove maior liberação do Hormônio do Crescimento (GH)




Como nessa situação há pouca fonte de energia (glicose) disponível no sangue, esses 3 processos desencadeiam, dentre outras coisas, o catabolismo. Ou seja, o consumo de energia que estava armazenada - mais ou menos como gastar as economia$$.


Inicialmente há um consumo da "glicose" do fígado e músculo - é como gastar o dinheiro que estava sendo guardado para uma viagem ou construção da casa.


Com o prolongar do estado de jejum, o consumo de energia passa a ser proveniente do tecido adiposo. É nesse estado que emagrecemos!!!


Contudo, caso esse período se estenda exageradamente, o corpo passa a usar os corpos cetônicos (um "subproduto" proveniente do tecido adiposo) como fonte de energia - é como estar gastando no cheque especial. Essa via de emergência mantêm as funções vitais, porém não pode ser mantida por muito tempo já que leva o corpo para um estado de acidose metabólica - que é prejudicial.







Então para emagrecer preciso ficar longos períodos sem comer? NÃO.


Os três processos foram explicados separadamente para melhor compreensão, porém eles ocorrem simultaneamente. Contudo, essa coexistência tem intensidades diferentes dependendo da quantidade de glicemia no sangue. Assim, o mais seguro e saudável é manter os níveis glicêmicos dentro de um nível mediano, sem picos (muito alto) e sem vales (muito baixo). Dessa forma ofertamos a energia necessária para o funcionamento do corpo, enquanto que as atividades mais intensas como uma caminhada e corrida estimulam o consumo de energia pela via secundária (das gordurinhas), sem chegar à terceira via - que pode ser prejudicial para a saúde.


 
 
 
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